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Laminados cerâmicos x Laminados em resina composta

A procura por um sorriso harmônico e estético tem aumentado consideravelmente, assim como o nível de exigência e expectativa por parte dos pacientes. Com isso, a Odontologia se desenvolve e com ela novos materiais e técnicas restauradoras de alto padrão.

Dentre as opções de tratamentos com finalidades estéticas, destacam-se as facetas em resina composta e as de materiais cerâmicos. As facetas/lentes de contato/ laminados se caracterizam pelo recobrimento da face vestibular do elemento dental por algum tipo de material restaurador, pode ser confeccionada por resina composta ou por cerâmica e diferenciam-se devido a espessura.

As facetas são indicadas quando há alterações no sorriso que proporcionam o desiquilíbrio na estética dental, fatores como desgaste fisiológico, cárie, bruxismo, erosão química, alguns casos de má-oclusão, posição dental, simetria, alterações de forma, cor, textura superficial, manchas superficiais, reestabelecimento das guias de desoclusão, alterações de volume, diastemas, presença de inúmeras restaurações superficiais esteticamente insatisfatórias, perdas e defeitos (hipoplasia do esmalte, abrasão do esmalte, dentes com desgaste, amelogénese imperfeita congénita causada por hormonas ou tetraciclinas), amplas restaurações, dentes resistentes ao clareamento, lesão cervical não cariosa, reconstrução da dimensão vertical de oclusão.

Mas você já se perguntou qual sistema utilizar/indicar ao paciente, cerâmica ou resina composta?

As facetas em resina composta apresentam como vantagens, menor custo, facilidade de reparo, rapidez (realizada em única sessão), não depende de laboratório, não causa desgaste do dente antagonista, porém a qualidade irá depender da destreza manual do profissional, assim como seu conhecimento sobre estratificação, morfologia dental, escolha do sistema restaurador (tipo de resina) e técnica restauradora. Como desvantagens quando comparada às facetas cerâmicas, apresenta a propensão ao manchamento, perda da lisura superficial (o que também vai variar entre os sistemas de resina, devido ao tipo de partícula), fratura.

As facetas cerâmicas se destacam em função de suas excelentes propriedades ópticas, durabilidade, longevidade, resistência, previsibilidade de resultado. Porém essas propriedades só são obtidas com base no protocolo de diagnóstico, planejamento, confecção das peças protéticas e técnica do ceramista, boa recuperação periodontal, devido à superfície lisa que minimiza o acúmulo de placa. Como limitações apresenta: possibilidade de desgaste dos dentes antagonistas, maior tempo para confecção, período de provisórios, necessidade de materiais específicos para a cimentação adesiva, elevado custo, a técnica exige experiência por parte do profissional.

Qual material utilizar?

A indicação do tipo de material restaurador irá depender da avaliação do profissional, da condição clínica dos tecidos duros e moles e da condição psicológica e financeira do paciente.
Assim, com base nos seus conhecimentos científicos, definir o tratamento que julgar mais correto para o caso. O Plano de tratamento será definido de acordo com o diagnóstico e para ajudar em sua formulação, indica-se ter modelos das arcadas do paciente, registro oclusal, exames radiográficos e fotografias.

Referências bibliográficas:

CUNHA, Ana Raquel da Fonseca Moreira. Facetas de Porcelana VS Facetas de Resina Composta. 2013. 80f. Dissertação (Mestrado Integrado em Medicina Integrada) – Universidade Fernando Pessoa, Porto, 2013.

VELEDA, Bárbara Borges. Reanatomização de dentes anteriores com laminados cerâmicos: relato de caso clínico. 2011. 29f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Dentística) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011.