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Clareamento dental caseiro: peróxido de hidrogênio ou carbamida?

Alô pessoal, como vocês estão?

Só para comentar que achei super bacana o tema que será abordado no blog, pois foi escolhido através da enquete do Instagram @potenzadental, gostaria de agradecer a interação de vocês por aqui, assim como pelo Instagram e pela ideia para o tema de hoje.

Clareamento Caseiro

Vamos falar sobre clareamento dental caseiro, um dos procedimentos mais realizados no consultório devido à grande procura pelos pacientes. Você já se perguntou qual sistema clareador caseiro deve utilizar? À base de peróxido de hidrogênio ou de carbamida? Qual a concentração ideal para se obter um ótimo resultado sem ocasionar sensibilidade exacerbada no paciente? Por quanto tempo deve orientar o seu paciente a utilizar o clareador?

Para tranquilizá-los, vou falar que recebemos muitas perguntas como essas, afinal, sempre procuramos o melhor para os nossos pacientes! O tipo de gel clareador e a concentração vai depender totalmente do seu paciente, se ele apresenta sensibilidade ou não, se tem a necessidade de um clareamento mais rápido devido a algum evento, se vai estar disposto a utilizar por um maior período de tempo (vai ter a disponibilidade para ficar com o gel 1h ou 4h ao dia), entre outros fatores.

Então o primeiro passo para a escolha do gel clareador caseiro é realizar um exame clínico (verificar se o paciente apresenta desgaste dental, trincas de esmalte, lesões cervicais não cariosas)  e uma anamnese, perguntar se o paciente apresenta sensibilidade (por exemplo com alimentos/líquidos gelados), se já realizou o clareamento e sentiu sensibilidade, se o grau de sensibilidade é fraco/moderado/forte, qual a disponibilidade de tempo (por quanto tempo vai poder utilizar). O clareamento caseiro é um compromisso que irá depender exclusivamente da aplicação diária por parte do paciente (com a recomendação e supervisão do cirurgião-dentista, para escolher o tipo de peróxido, a concentração e o tempo de aplicação).

O peróxido de hidrogênio quando em contato com saliva e o substrato dental, se degrada em água e oxigênio. Como degrada rapidamente, seu efeito clareador é mais rápido, significando menor tempo de contato com os dentes. O peróxido de carbamida, quando degradado, dissocia-se em peróxido de hidrogênio e ureia. Depois, o peróxido de hidrogênio irá se decompor em água e oxigênio e a ureia em gás carbônico e amônia. Comparado ao gel clareador à base de peróxido de hidrogênio, o de carbamida possui uma degradação mais lenta e necessita de maior tempo em contato com o substrato dental, porém irá proporcionar um efeito clareador por mais tempo.

O clareamento caseiro é efetivo no clareamento de dentes vitais em pacientes jovens (maiores de 15 anos), dentes vitais naturalmente escuros ou amarelados, dentes vitais escurecidos pelo envelhecimento, na remoção de manchas extrínsecas causadas por pigmentos. Os resultados contra manchas decorrentes de fluorose e tetraciclina não são previsíveis, podem clarear dependendo de seu grau de complexidade. Dentes não vitais podem clarear, porém, o resultado não será tão efetivo como em dentes vitais.

O tempo de tratamento com o uso de gel clareador em dentes vitais pode variar de paciente para paciente, de acordo com o grau de sensibilidade, cor do remanescente dental, concentração do clareador, escolha do tipo de peróxido, além das possíveis causas da alteração de cor e expectativa do paciente. O tempo médio de tratamento fica entorno de 15 dias quando utilizado o gel clareador diariamente.

Potenza possui os clareadores caseiros Potenza Bianco H202 e Potenza Bianco PF que possuem em sua formulação agentes dessensibilizantes e ótima viscosidade, por isso não extravasam da moldeira.

– POTENZA BIANCO H202: À base de peróxido de hidrogênio, disponibilizado nas concentrações de 6%; 7,5% e 9,5%.

– POTENZA BIANCO PF: À base de peróxido de carbamida, disponibilizado nas concentrações de 10%, 16% e 22%.

Recomendações de uso de acordo com a concentração do gel:

– PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO 6%:
Uso diário de 2h.

– PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO 7,5%:
Uso diário de 1h30min.

– PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO 9,5%:
Uso diário de 1h.

 PERÓXIDO DE CARBAMIDA 10%:
Uso diário de 3 – 4h.

– PERÓXIDO DE CARBAMIDA 16%:
Uso diário de 2 – 3h.

– PERÓXIDO DE CARBAMIDA 22%:
Uso diário de 1h.

ATENÇÃOO Dentista deverá monitorar e estipular o tempo de tratamento do clareamento dental. Recomendase o profissional que selecione e registre a cor dos dentes do paciente através de uma escala de cores. Pode-se realizar protocolo fotográfico para acompanhamento do clareamento. 

Indicação:

Para pacientes que já relatam ter sensibilidade, se indica o gel clareador à base de peróxido de carbamida, podendo ser na concentração de 10% ou 16% (dependendo o grau de sensibilidade), pode utilizar para a primeira semana uma seringa de 10% e na segunda semana (se o paciente não apresentou sensibilidade) uma seringa de 16%.

Para pacientes que necessitam clarear os dentes mais rápido (caso tenham algum evento, por exemplo) pode ser indicado o clareador à base de peróxido de hidrogênio 9,5% ou 7,5%, ou peróxido de carbamida 22% (porém, deve-se avaliar se o paciente apresenta sensibilidade).

Outra opção é variar no tipo gel clareador, indicar para a primeira semana um clareador à base de peróxido de hidrogênio e na segunda semana à base de peróxido de carbamida (começar com o clareador que irá obter um resultado mais rápido e depois partir para outro que irá obter efeito clareador mais duradouro).

Para pacientes que já relataram não conseguir ficar tanto tempo com o gel clareador ou que não tenham a disponibilidade para realizar pelo período de 3h ou 4h, indica-se o clareador à base de peróxido de hidrogênio ou carbamida 22%. Já para casos onde o paciente irá colaborar e se disponibilizar para utilizar pelo período recomendado, pode-se optar pelo clareador à base de peróxido de Carbamida 10%, 16% (para se obter efeito clareador mais efetivo e duradouro).

Essas são as nossas dicas! Caso alguma dúvida tenha surgido, entre em contato com a nossa equipe. Espero que tenham gostado e até o próximo tema.

REFERÊNCIA:

SILVA, F. M. M.; NACANO, L. G.; PIZI, E. C. Avaliação Clínica de Dois Sistemas de Clareamento Dental. Rev odontol bras central. Goiania, v. 21, n. 56. 2012.